domingo, 29 de novembro de 2009

NO FUNDO DO BAÚ... liberdade para Cândida



UMA CORÇA CHAMADA CÂNDIDA...
Nos inícios dos anos oitenta, lá para as bandas do Parque Nacional da Peneda-Gerês ( ou Peneda-Xurés)já se lutava pela defesa da vida selvagem. Sem cimeiras, conferências ou manifestações afins, os habitantes destas inóspitas mas sempre belas e cada vez mais apetecidas paisagens, já sabiam lutar e preservar o que era seu. Tivessem-nos sempre ouvido e talvez o legado que eles , APESAR DE TUDO, nos deixaram, ainda estivesse mais puro...Respeitem-nos...Não somos "bichos do Parque"...
O que hoje existe, não existe por acaso...Os nossos avós deixaram que chegasse até nós E SÓ CONNOSCO O PARQUE SOBREVIVERÁ...

sábado, 28 de novembro de 2009

PERDIDO NO MAR

Fui marinheiro perdido
num barco sem navegar…
Fui um cavaleiro errante
em terras por conquistar…
Fui sol, fui chuva, fui vento
em campos por cultivar…
Fui tudo, de tudo um pouco
quase me senti um louco
De tanto te procurar…

Onde pára o teu sorriso,
teus lábios de encantar?
Porque me fazes sofrer,
tanto tempo a esperar?
Condenaste-me às galés?
Assim perdido no mar?

Ao menos deixa que cante
tua canção de embalar:

Teus olhos castanhos,
pintaram as algas,
as algas do mar…
Teus cabelos soltos,
voaram no vento
na brisa do mar…
Teu rosto macio,
o teu corpo esguio
são calma, bonança,
sossego do mar…
E eu sou a galera,
Perdida nas ondas,
nas ondas revoltas,
irei naufragar…
C Pereira, 1979