sábado, 28 de novembro de 2009

PERDIDO NO MAR

Fui marinheiro perdido
num barco sem navegar…
Fui um cavaleiro errante
em terras por conquistar…
Fui sol, fui chuva, fui vento
em campos por cultivar…
Fui tudo, de tudo um pouco
quase me senti um louco
De tanto te procurar…

Onde pára o teu sorriso,
teus lábios de encantar?
Porque me fazes sofrer,
tanto tempo a esperar?
Condenaste-me às galés?
Assim perdido no mar?

Ao menos deixa que cante
tua canção de embalar:

Teus olhos castanhos,
pintaram as algas,
as algas do mar…
Teus cabelos soltos,
voaram no vento
na brisa do mar…
Teu rosto macio,
o teu corpo esguio
são calma, bonança,
sossego do mar…
E eu sou a galera,
Perdida nas ondas,
nas ondas revoltas,
irei naufragar…
C Pereira, 1979

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