segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

MENINO-SEM-NOME



MENINO-SEM-NOME


Aproxima-se o Natal. Uma época onde quase tudo é direccionado para as crianças. Porque elas estão no “centro do mundo”, tudo é estudado a pormenor para que nada lhes falte (não fossem elas uma “enorme fonte de receita” um “autêntico motor” duma economia cada vez mais desequilibrada e a inclinar-se só para um lado). Mas será sempre assim? É claro que não…Há centros e centros (os da terra e os Comerciais) e há os arredores…os marginais…os proscritos. Dizia o poeta: “mas as crianças, senhor, porque lhes dais tanta dor, porque padecem assim?..
Em 16 de Novembro de 1974, e porque já se respirava um pouco de liberdade cá por estas bandas, publiquei num boletim do MJTB, o seguinte poema que escrevera antes, inspirado numa música eterna do Zeca Afonso – o menino do bairro negro. Poderei estar a ser um pouco hipócrita. Mas julgo que a melhor prenda de Natal que podemos dar a estes meninos é não metermos a cabeça no meio da areia, saber que eles existem, e aproveitar todos os meios para os dar a conhecer, para que quem de direito erradique de vez esta situação que nos envergonha. Aqui o meu pequeno contributo…Para eles um Bom Natal ou outra qualquer coisa que seja mesmo boa…



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